Você já percebeu que quando falamos da nossa forma de cuidar do nosso dinheiro já nos gera, muitas vezes, um certo desconforto? Pois é esse tabuzinho que temos de falar sobre como cuidamos do nosso dinheiro que vem lascando a gente desde que mundo é mundo (capitalista, óbvio).

A verdade é que esse comportamento que temos ao olhar para o dinheiro e para a nossa vida financeira é resultado da nossa criação e de como o dinheiro era tratado dentro de casa quando éramos crianças. Na psicologia econômica, chamamos isso de crenças limitantes.

Nossa família pode ter culpa nesse cartório

Como alguns de vocês sabem, eu tive uma infância bem simples no quesito money, lá em casa só tínhamos dinheiro pra comer e pagar a luz, e minha mãe normalizava isso. Ela sempre foi muito religiosa, e a igreja evangélica que frequentávamos na época meio que “santificava” a pobreza e a simplicidade, e acabava condenando a riqueza.

Minha mãe, como boa cristã, seguia esse pensamento. Lembro que ela dizia que jamais gostaria de ser rica, que dinheiro atrai coisas e pessoas ruins, e torna difícil nossa entrada no céu. Essa última ela falava muito por conta de uma passagem na bíblia que fala “Porque é mais fácil um camelo passar por um olho de agulha, do que entrar um homem rico no reino de Deus.” LUCAS 18:25 … ela acabava repetindo e acreditando nisso cegamente.

Esse é um exemplo de pensamentos que nos afastam do dinheiro, faz com que não queiramos falar sobre e muito menos aprender a cuidar dele. Aliás, pra que eu vou me preocupar em cuidar de algo que é visto como “ruim e impuro”? Concorda comigo?

Não são só as crenças limitantes que são responsáveis por detonarem a nossa vida financeira. É o sistema que também lasca a gente. Alguém te ensinou a como lidar com dinheiro? Na escola, algum professor te ensinou a função do dinheiro? E na faculdade, você aprendeu a como gerenciar seu salário quando estiver exercendo sua profissão? Não! Isso porque o sistema ama que a gente não saiba disso, que nós sejamos analfabetos financeiros para precisar pegar empréstimos, fazer financiamentos, usar cartões de créditos e outros produtos que geram lucros em forma de juros para os grandes bancos. Isso é o capitalismo, amores, e se a gente não acordar, vamos ser engolidos por ele.

Se você for mulher ou gay, cuidar do seu dinheiro pode ser um desafio ainda maior

Para piorar mais ainda a situação, quando falamos de endividamento, o percentual de gays e mulheres é maior que o dos homens. Por que será? Eu não sei ao certo, mas eu arriscaria dizer que, por historicamente termos sido silenciados, focamos tanto em lutar para termos nosso espaço, que acabamos ficando sem energia para cuidar do básico, de nós.

Pra você ter noção, apenas a partir de 1962, a mulher teve direito a ter o próprio CPF; antes disso, ela usava o do marido. Pra que ela iria se preocupar em cuidar das finanças, se ela era uma extensão do marido? E pra nós, gays, que éramos considerados doentes até 1990?! É muita luta, né?

O babado não é fácil pra gente, amiga, e por isso eu me dei essa missão de clarear a mente de vocês referente ao dinheiro e fazer entender que somos os únicos capazes de melhorar nossa vida financeira.

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